Primeira Infância. A importância dos Estímulos
- Rosana Freneda
- 13 de set. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de set. de 2018
A Ciência comprova que a primeira infância (de zero a 06 anos) é o período de extrema importância para o desenvolvimento físico e neurológico e de diversas habilidades.
As pesquisas sobre o cérebro na primeira infância nos revelam como a criança pequena dispõe de mecanismos e possibilidades amplas de desenvolvimento. Apontam, também, sobre a importância do adulto não só na interação com a criança, como no planejamento do tempo e na organização dos contextos em que ela se desenvolve.
Nesse período de desenvolvimento, o cérebro tem o que chamamos de grande plasticidade (facilidade maior de estabelecer conexões entre as células nervosas comparativamente à idade adulta), facilitando o aprendizado da criança. Nos primeiros anos de vida, a criança desenvolve sua percepção de mundo. É nesse período que ela constrói a própria identidade. Estima-se que, até os 04 anos de idade, a criança já tenha atingido metade do seu potencial intelectual.
Nos primeiros meses, o cérebro percebe todos os fenômenos de todas as línguas. A neuropediatra Silvana Frizzo (hospital Infantil Sabará) esclarece que: “O cérebro em desenvolvimento tem um potencial imensurável para o aprendizado, o que inclui desde consolidar uma língua estrangeira até realizar tarefas motoras.” O desenvolvimento da oralidade traz uma participação maior no mundo da cultura.
Segundo Pia Britto (Doutora em Psicologia do Desenvolvimento): “Um cérebro bem desenvolvido é a base de uma vida saudável e cheia de aprendizados”. A criança precisa ser estimulada com palavras, canções, afeto e proteção. O cérebro depende dessas experiências para se desenvolver. É como uma esponja, que absorve tudo o que está a sua volta.
Desperdiçar as possibilidades da primeira infância é o mesmo que limitar todo o potencial da criança. Muitas vezes não há possibilidades de recuperação.
A criança aprende muito e se desenvolve ao brincar, cantar, desenhar, dançar. Estas atividades formam redes neuronais que serão acionadas para outras aprendizagens no futuro, inclusive as aprendizagens escolares.
O desenvolvimento da criança dependerá da possibilidade que ela tenha de explorar seu ambiente, movimentando-se no espaço. Os adultos precisam criar oportunidades para que a criança exercite várias formas de movimento diariamente.
Estímulos : Pela falta de estímulos, 1 em cada 3 crianças não se desenvolve plenamente (Unicef). Leitura, carinho, cuidados e brincadeiras são alguns exemplos do que se pode fazer para estimular as crianças. Ressalta-se a importância do desenvolvimento do cérebro na gestação. Há 04 meses de seu nascimento, o bebê já possui quase a mesma quantidade de neurônios do cérebro adulto.
Gestação : Cante; converse com o bebê, conte história e acaricie a barriga.
No 1º. Ano de vida. Dê: carinho, atenção, amor e colo. Amamente. Cante, brinque. Converse. Conte histórias. Leia livros infantis. Mostre a imagem do bebê refletida no espelho. Desligue a TV. Saia do smartphone. Incentive a interação com outros adultos e crianças.
A partir de 1 ano. Ao ler o livro infantil, faça intervenções: “Já viu este animal?” e “ Por que o patinho fez isso?” Espere pelas respostas. Crie histórias juntos. Converse sobre como foi o dia. Peça ajuda nas tarefas de casa. Mostre a utilidade da escrita (lista do supermercado, por exemplo). Disponibilize um espaço para que a criança possa desenvolver trabalhos manuais, como pintar e desenhar. A criança não precisa de brinquedos caros, uma simples caixa de papelão pode virar uma espaçonave.
Fontes: Revista Crescer –março 2016. Revista Direcional Educador –abril 2015

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